Aproveitem:
1. Numa parede com várias janelas, deve-se usar apenas uma cortina? Ou cada janela deve ter a sua?
2. Que modelo de cortina é adequado para janelas duplas ou portas balcão, que abrem para fora e para dentro?
3. Ambientes visualmente integrados, como sala de jantar e estar, devem ter cortinas iguais?
4. Quando usar forro? Qual sua função? Quais os tecidos mais indicados?
5. Qual o tipo de tecido mais adequado: o de fibras sintéticas ou fibras naturais?
6. Cortinas longas devem arrastar no chão? Quantos centímetros devem sobrar?
7. Em que situações é possível usar cortina curta, que não vai até o chão?
8. Quando usar a cortina do tipo romana, que abre para cima, ou a persiana?
9. O que fazer com a caixa de persiana no lado interno do ambiente?
10. Quanto tecido deve-se comprar para fazer uma cortina?
11. O que fazer para que meu gato pare de arranhar tecidos e móveis?
As duas situações são possíveis na opinião dos profissionais. "Se o espaçamento entre as janelas for menor que 1 m, aconselho uma cortina única", diz Ester Schop, do ateliê Tutti Belli. Para Luciene Franccioli, da Spazio Franccioli, 40 cm de espaço entre as aberturas já justificam peças individuais. O designer de interiores Roberto Negrete prefere várias cortinas, mas não descarta a outra opção: "Quem faz essa escolha deve estar consciente de que poderá ver manchas de sombra na peça durante o dia".
"O ideal é deixar 50 cm de varão a mais em cada lado. Assim consegue-se acomodar o tecido quando as portas estão abertas", sugere Karin Killingsworth, da Arte Markante. "Rolôs, persianas e cortinas romanas são as opções para quem não dispõe de espaço nas laterais", diz Lucia Dorsa, da Uniflex. O problema é que essas cortinas quase somem quando fechadas. A designer Marilda também costuma usar brises (cortinas fixadas diretamente nas folhas de vidro).
Nessa questão, os especialistas concordam que as peças precisam se repetir, senão causarão estranhamento. Mas a regra tem flexibilidade: quem não quiser cortinas idênticas opta por diferenças sutis. "Uma possibilidade é usar o mesmo tecido em modelos diferentes. Por exemplo, um com pregas e outro sem", propõe Karin. Luciene sugere um tecido liso e outro xadrez, com cores iguais, "mas quem estiver inseguro não deve arriscar". Na foto abaixo, o projeto de Verena Martins Ferreira, Márcia e Eduardo Batistelli traz cortinas iguais no estar e no jantar.
O forro protege a cortina nos locais onde bate muito sol. "Os raios solares desgastam os tecidos. O forro garante a durabilidade e a beleza dos materiais mais sensíveis", afirma Aline Cremonini, que assina o projeto abaixo - o forro é de xantungue misto, e a cortina, de organza de seda com bordados de algodão. Além disso, evita que as cortinas sujem rapidamente em lugares com muita poeira ou poluição. O tergal verão, o gabardine e o brim são os tecidos mais usados para essa função, porém há quem use blecautes e até persianas. Materiais sintéticos, como o voal, podem dispensar forros, mas a resistência diminui.
Depende. Quem privilegia a praticidade e a resistência escolhe tecidos sintéticos, como o voal: eles praticamente não estragam mesmo se a lavagem é feita em casa. Se você não abre mão dos naturais, atenção na hora da compra: "Observe sempre se são pré-encolhidos. Caso contrário, pode-se perder a cortina na primeira lavagem", ensina Ester. Sueli Bagatella aconselha a mandar os modelos de linho, algodão e seda para lavanderias: "A lavagem a seco também leva água, mas as empresas aplicam um produto que previne o encolhimento".
Essa é uma decisão pessoal. "Tecido sobrando suja, pode ser pisado e acaba rasgando. Além disso, toma espaço", adverte Luciene Franccioli. A maioria opta por usar cortinas que tocam levemente o piso - "Beijando o chão", como diz Roberto Negrete. "Quem quer um ambiente mais clássico, e até mesmo mais chique, deve deixar que o tecido arraste. São suficientes 2 cm a mais na altura", ensina Karin. Segundo Ester, é possível ter até 5 cm de tecido sobrando. Na foto abaixo, a cortina de seda rústica indiana arrasta no piso. Tecido e execução da Formatex.
Na opinião unânime dos especialistas, cortina curta só em casos excepcionais "Quando há um móvel ou uma bancada embaixo, por exemplo. Isso acontece muito frequentemente nos quartos de bebê, em que os trocadores ficam logo abaixo da janela", explica Ester. Mas, se esse não for o caso, as cortinas devem ser longas sempre. "É muito mais elegante", diz a decoradora Renata de Angelis. Roberto Negrete também defende que a peça saia do teto: "É uma maneira de forçar a vista para cima, criando a sensação de pé-direito alto".
Se houver cadeiras ou mesas próximas da janela, esses modelos são os mais adequados, pois se limitam a fechar a abertura do vão. "Nesses casos, gosto muito de usar a cortina romana: o peso dela evita que fique voando em cima dos móveis, como os modelos tradicionais", afirma Marilda Brandão. No projeto da arquiteta Cinthia Liberatori (abaixo), fitas costuradas à cortina romana de linho (execução da Arte Markante) permitem amarrar a peça em diversas alturas, deixando à mostra um belo jardim. Os pingentes pendurados conferem um charme extra.
A regra é ocultá-la. Instalar um varão em volta da caixa é uma das soluções. Sueli sugere escondê-la com um bandô (estrutura de madeira envolvida por tecido) e então fixar um trilho na frente da caixa ou embaixo dela. Da máxima "se não puder vencê-la, junte-se a ela", vem esta idéia de Negrete: "Faça prateleiras do tamanho da caixa nas laterais. A cortina sai por baixo da caixa. É um bom jeito de disfarçá-la e ainda ganhar espaço para objetos".
Há várias formas de calcular. A cortineira Marilei Boldrini sempre imagina uma janela-padrão de 2,50 m de largura. Para essa medida, se a cortina for pregueada, ela recomenda comprar quatro vezes a altura da cortina, acrescentando-se 50 cm a cada altura (10 cm para o cabeçote e 40 cm para a barra dupla). Uma cortina sem pregas pede três alturas - somadas aos 50 cm de cabeçote e barra. Outra equação é sugerida por Ester Schop, da Tutti Belli. Para um modelo de pregas, ela recomenda pegar uma vez a altura da cortina - com os 50 cm adicionais - e mais três vezes a largura da janela. Uma cortina mais leve precisa de apenas duas larguras.
"O que fazer para que meu gato pare de arranhar tecidos e móveis? Eles arranham para brincar, afiar as garras e se comunicar. Em vez de eliminar esse hábito, disponibilize locais, como arranhadores, em que ele possa exibir seu comportamento sem fazer estragos. Vale tornar a área que ele unha desagradável com fitas adesivas duplaface. Outro truque é espirrar água na cara do bichano na hora da ação. Se nada disso adiantar, coloque ao redor do sofá um fio de náilon amarrado a um objeto barulhento, como uma tampa de panela. Ele levará um pequeno susto sempre que atacar a peça e desistirá com o tempo. Para garantir a eficácia do processo, ofereça um arranhador e agrade-o quando estiver agindo certo. Há quem diga que o dono pode até arranhar um pouco para que o gato aprenda por observação". Alexandre Rossi é zootecnista e etólogo (especialista em comportamento animal).
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